Ser mãe é algo mágico, uma experiência encantadora. Tudo bem que eu vomitei até, tive enjôo até e cheguei a pensar que nunca mais iria conseguir comer um sanduíche com katchup, mostarda e maionese. Mas acabei sendo muito recompensada e todos os incômodos da gravidez ficaram insignificantes diante deste garoto que nasceu loiro com os olhos verdes, muita energia e muitas perguntas sobre o Universo.
Há vinte e quatro anos, em plena Copa do Mundo, nasceu o Bruno, exatamente no dia seis de junho de 1990, nosso primogênito, hoje graduado em Física e mestrando pela UNICAMP.
"Mãe, por que o céu não cai?" - perguntas como esta faziam parte da rotina diária.
Certa vez ele chegou da escola indignado porque recebeu uma advertência da professora. O motivo: estava batendo palmas e cantando uma música ao entrar na sala de aula após o recreio. Segundo ele, a aula não havia começado e o tempo do recreio ainda estava valendo. "Mãe, a gente não pode ser feliz?" "É errado ficar alegre e cantar?"
Hoje ouço Bruno tocar violão quando passo pela porta do seu quarto, nas raras vezes em que ele nos visita. Consigo escutar seus gritos que ecoam lá de Campinas quando o Palmeiras faz um gol.
Calado, reservado, Bruno expressa todo o seu afeto no olhar. Os cães deliram de alegria quando reconhecem a sua presença e a cozinha fica agitada com o seu talento culinário refinado.
"Filhos são do mundo, para o mundo" - é o que eu digo para mim, quando sinto meu coração apertado de saudade dele.
Sou grata ao Universo por ter gerado dois filhos. Exercito-me para ser uma mãe que os mereça.
Feliz aniversário Bruno!
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