quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O CAMINHO SE FAZ CAMINHANDO

Ela acordou decidida. Enroscou seu cabelo despenteado numa presilha dourada, tirou do armário seu vestido mais confortável, fechou os olhos para os saltos altos e desenterrou do armário impecavelmente arrumado aquela rasteirinha esquecida por pelo menos dois anos naquele canto da prateleira. Disposta, muito disposta a colocar as pendências em dia, mais uma vez ela se olhou no espelho, talvez para se convencer de que não estava tão mal assim naqueles trajes.

Diante da janela, apreciou a manhã suavemente morna, olhou para o pinheiro esguio e forte fincado na terra adubada e úmida e pensou: o caminho se faz caminhando. Sorveu mais um gole do café fumegante e saiu a passos largos como se estivesse atrasada.

Atrasada para que?

Ela sabia que não seria nada fácil mas também sabia que poderia conseguir, se tentasse. E foi... foi... foi. Buscou, caiu, levantou. Chorou, se secou e se fartou de tantos momentos difíceis. Lutou, perdeu, ganhou. Por causa de tantos passos, também se machucou. Mas não ligou.

Ela caminhou. Pouco, muito, não soube dizer. Caminhou o suficiente para fazer sua própria estrada, para olhar para trás e ver a marca da rasteirinha na terra vermelha ainda úmida pelos míseros pingos de uma mísera chuva caída na noite anterior.

O caminho se faz caminhando.

E apenas por isso, ela se foi!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

APRENDENDO SEMPRE

Quando meu irmão marketeiro me disse há 20 anos: "você precisa fazer um site", confesso que resisti. Meu trabalho sempre foi na surdina, entre quatro paredes, sem alarde. Aos poucos, ele foi me convencendo de que eu poderia me expor sem banalizar, vulgarizar minha profissão. Pelo contrário - dizia ele - o mundo virtual é uma oportunidade para levar seu recado às pessoas que não têm como chegar até seu consultório. Então topei! E nesses últimos 20 anos, tenho me empenhado muito em acompanhar este admirável mundo virtual.
Publiquei livros sem nenhuma pretensão de me considerar escritora. Não, não sou escritora. Sou apenas uma psicóloga que escreve o que sente e pensa. Não tenho conhecimento técnico para me entitular escritora.
Aceitei o desafio de escrever semanalmente no Diário da Região e com a extinção desse espaço percebi que me acostumei com esse canal aberto.
O Blog é mais um caminho que encontrei para ficar mais próxima dos meus queridos leitores.
Se meu irmão estivesse aqui (ele faleceu em 2001), estaria aplaudindo mais este meu passinho em direção às pessoas para expor minhas ideias.
Agora, quem quiser ler meus textos, além daqueles que estão no site, é só vir aqui no blog!
Vou procurar escrever semanalmente, como fazia no Diário.
Aguardo você, hein?