Sou de uma geração na qual o casamento é o sonho de toda mulher. Uma das etapas fundamentais da vida. Não havia espaço na sociedade para mulheres solteiras. E foi numa noite quente de outubro, cercada de lírios na nave da igreja da Redentora que realizei este sonho. Com a bênção do saudoso padre Chico, adentrei-me de mãos dadas com meu pai, pelo tapete vermelho, ao som do Bolero de Ravel.
Cada detalhe foi cuidadosamente planejado para aquele dia especial: 10 de outubro de 1987. Hoje, 25 anos depois, tenho uma família. Bruno chegou em 1990 e Marco em 1995.
Casamento não é mar de rosas. O que posso dizer é que o respeito, a admiração e a atração são ingredientes que mantém a chama acesa.
Ceder, contornar, voltar atrás, reconsiderar, abrir mão, renunciar, avançar, bater o pé, sapatear, não abrir mão, não renunciar, fazem parte da convivência. Acordar e dormir ao lado de uma pessoa é um exercício de relacionamento que envolve habilidade de ambas as partes.
Meu marido não é um príncipe, minha vida conjugal não é um conto de fadas, minha casa não é o castelo encantado e minha felicidade não é inventada. É real. É verdadeira.
Sou grata pelo meu relacionamento! Tim-tim! É prata!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir