segunda-feira, 4 de março de 2013

PARA O AMOR DURAR



PARA O AMOR DURAR!

publicado na Revista Bem-Estar em 03 de março de 2013


Depois daquela atração que virou amor, veio o casamento. Quem imagina que colocou estabilidade na relação junto com aquela argolinha no dedo esquerdo, está mais que por fora. E, como diz a minha amiga, está “redondamente enganado” (e ela faz girar o dedo indicador direito ao pronunciar estas palavras) quem pensa que o amor é tudo para perpetuar uma relação conjugal. Amar não basta! Para manter o relacionamento é preciso mais.
                Para o amor durar, ambos precisam investir diariamente, dedicarem-se fortalecendo este amor com alguns ingredientes.
                Respeito e liberdade são essenciais. As diferenças precisam ser respeitadas. Isso envolve objetivos pessoais, profissionais, gostos. Quando a pessoa precisa de aprovação e consentimento para fazer tudo, só porque ama, este amor passou a limitar e deixar de acrescentar oportunidades de crescimento, muitas vezes causando danos graves na personalidade daquele que não pode mais se permitir ser quem é em nome do amor.
A liberdade pessoal e do casal precisa ser preservada. Quando deixa de existir, o relacionamento se transforma em uma prisão e quando existe em excesso pode provocar o afastamento.
                A comunicação é a chave do entendimento. Embora muitos não gostem de “discutir a relação”, o entendimento envolve conversa para chegar a um acordo.
                A admiração, que aparece intensamente no período da conquista, não pode se esmaecer no decorrer do tempo. O desencantamento, quando se descobre os pontos fracos ou não tão bons do parceiro, pode ser apenas suficiente para coloca-lo na condição de quase perfeito e não mais que isso. Ou seja, eliminar o relacionamento porque alguns pontos nele saíram do script do mais recente sucesso musical do Roberto Carlos é, no mínimo, uma imaturidade.
                E o ciúme? Na medida certa, ajuda a aquecer o relacionamento dando sinais de que “eu me importo com você”. Porém, seus excessos beirando a patologia, não ajudam em absolutamente nada, causando desgaste com as acusações e desconfianças infundadas.  
                Apoiar as decisões do outro, mesmo quando não estamos de acordo, em respeito aos seus sentimentos e desejos, é a mais pura manifestação de companheirismo.
                Responsabilidades divididas e estabelecidas com cumplicidade também são ingredientes para o amor durar. Isso diz respeito aos deveres do lar, educação e cuidados com os filhos, administração da entrada e saída do dinheiro.
                A prática de um planejamento comum, como comprar um imóvel, carro, fazer uma viagem, ter ou não ter filhos e quando isso vai acontecer, torna as conquistas mais prazerosas.
                A vida sexual é de fundamental importância no relacionamento e todas as suas nuances fazem muita diferença no cultivo do amor.
                Quando recebo em meu consultório um casal com dificuldades no relacionamento, é muito comum ser estimulada a dizer “quem está certo, quem está errado” nos pontos conflituosos. Este não é o objetivo do trabalho terapeutico e sim o resgate da comunicação saudável e de todos os pontos que transformaram a união inicialmente prazerosa, em aversiva, limitadora e infeliz.
 A mediação dos conflitos pode levar à retomada de uma convivência saudável e harmoniosa, dando espaço para o amor rolar gostoso, sem jogos de poder.
Relacionamentos são renováveis a cada dia. Quando existe neles clareza, compreensão e aceitação o amor tem grandes chances de durar!

Kátia Ricardi de Abreu
Psicóloga Clínica e Consultora de Empresas
17 32332556

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