PARA O AMOR DURAR!
publicado na Revista Bem-Estar em 03 de março de 2013
Depois daquela atração que
virou amor, veio o casamento. Quem imagina que colocou estabilidade na relação
junto com aquela argolinha no dedo esquerdo, está mais que por fora. E, como
diz a minha amiga, está “redondamente enganado” (e ela faz girar o dedo indicador
direito ao pronunciar estas palavras) quem pensa que o amor é tudo para
perpetuar uma relação conjugal. Amar não basta! Para manter o relacionamento é
preciso mais.
Para o amor durar, ambos precisam investir
diariamente, dedicarem-se fortalecendo este amor com alguns ingredientes.
Respeito e liberdade são essenciais. As diferenças
precisam ser respeitadas. Isso envolve objetivos pessoais, profissionais,
gostos. Quando a pessoa precisa de aprovação e consentimento para fazer tudo,
só porque ama, este amor passou a limitar e deixar de acrescentar oportunidades
de crescimento, muitas vezes causando danos graves na personalidade daquele que
não pode mais se permitir ser quem é em nome do amor.
A liberdade pessoal e do casal
precisa ser preservada. Quando deixa de existir, o relacionamento se transforma
em uma prisão e quando existe em excesso pode provocar o afastamento.
A comunicação é a chave do entendimento. Embora
muitos não gostem de “discutir a relação”, o entendimento envolve conversa para
chegar a um acordo.
A admiração, que aparece intensamente no período da
conquista, não pode se esmaecer no decorrer do tempo. O desencantamento, quando
se descobre os pontos fracos ou não tão bons do parceiro, pode ser apenas
suficiente para coloca-lo na condição de quase perfeito e não mais que isso. Ou
seja, eliminar o relacionamento porque alguns pontos nele saíram do script do
mais recente sucesso musical do Roberto Carlos é, no mínimo, uma imaturidade.
E o ciúme? Na medida certa, ajuda a aquecer o relacionamento
dando sinais de que “eu me importo com você”. Porém, seus excessos beirando a
patologia, não ajudam em absolutamente nada, causando desgaste com as acusações
e desconfianças infundadas.
Apoiar as decisões do outro, mesmo quando não estamos
de acordo, em respeito aos seus sentimentos e desejos, é a mais pura
manifestação de companheirismo.
Responsabilidades divididas e estabelecidas com
cumplicidade também são ingredientes para o amor durar. Isso diz respeito aos
deveres do lar, educação e cuidados com os filhos, administração da entrada e
saída do dinheiro.
A prática de um planejamento comum, como comprar um
imóvel, carro, fazer uma viagem, ter ou não ter filhos e quando isso vai
acontecer, torna as conquistas mais prazerosas.
A vida sexual é de fundamental importância no
relacionamento e todas as suas nuances fazem muita diferença no cultivo do
amor.
Quando recebo em meu consultório um casal com
dificuldades no relacionamento, é muito comum ser estimulada a dizer “quem está
certo, quem está errado” nos pontos conflituosos. Este não é o objetivo do
trabalho terapeutico e sim o resgate da comunicação saudável e de todos os
pontos que transformaram a união inicialmente prazerosa, em aversiva,
limitadora e infeliz.
A mediação dos conflitos pode levar à retomada
de uma convivência saudável e harmoniosa, dando espaço para o amor rolar
gostoso, sem jogos de poder.
Relacionamentos são renováveis
a cada dia. Quando existe neles clareza, compreensão e aceitação o amor tem
grandes chances de durar!
Kátia Ricardi de Abreu
Psicóloga Clínica e Consultora de Empresas
17 32332556
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