MUITO ALÉM DAS FLORES...
Embora todo o
arsenal de informação globalizada e tecnologicamente acessível em nossos tempos,
há quem pense que o Dia Internacional da Mulher é um dia comercial, como o dia
das mães, dos pais, dos namorados...
O dia 08 de
março vai muito além das flores ou bombons. Trata-se de uma data histórica,
onde 129 operárias perderam a vida num conflito com forças policiais nos
Estados Unidos, em 1857 porque fizeram uma manifestação grevista em prol da redução
da jornada de trabalho e do direito à licença-maternidade. O fato inspirou o filme
hollywoodiano, cuja protagonista foi vencedora do Oscar por interpretar a
operária Norma Ray.
Longe de
querer ser feminista, ressaltar as conquistas da mulher através dos tempos
tornou-se motivo de orgulho, principalmente quando sentimos na pele, em pleno século
XXI, as manifestações veladas da discriminação (ainda!). A sutileza é grande,
porém, não escapa à percepção feminina.
As
características psicológicas e emocionais típicas do sexo feminino equalizam um
estilo produtivo que deixa um resultado visivelmente positivo no cenário
mundial:
A indiana
Indira Gandhi, assassinada em 1984, foi presidente do Congresso indiano, primeira-ministra
da Índia, sendo a primeira mulher a ocupar um cargo de chefe de governo numa
sociedade de base patriarcal. Margaret Hilda Roberts Thatcher tornou-se a
primeira mulher a ocupar o cargo de primeiro-ministro da Grã-Bretanha e a
primeira a liderar uma nação no Ocidente. A médica pediatra Verônica Michelle
Bachelet foi eleita presidente do Chile e a física Ângela Merkel, desde 2005 é
a primeira mulher a ocupar o cargo de chanceler da Alemanha. Temos também a
presidente liberiana, Ellen Johnson-Sirleaf, primeira chefe de estado de um
país africano. Nancy Pelosi é a segunda pessoa na linha sucessória presidencial
dos Estados Unidos e entrou para a história americana em janeiro de 2007 ao se
tornar a primeira mulher a presidir a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
Braço direito do Presidente Bush, a secretária de Estado Condolezza Rice é quem
lida com a parte internacional do governo norte-americano. Sem contar Hillary
Diane Rodham Clinton, primeira mulher a tomar posse como senadora pelo estado
de Nova York; mesmo depois de todos os problemas conjugais expostos ao mundo, preferiu
não entrar no papel de vítima e ficar para a história como coitadinha. Ela
buscou recursos para a pesquisa do câncer de mama e vacinas infantis e recebeu
prêmios Fundação Humanitária Elie Wiesel e o Prêmio Martin Luther King em
função do trabalho social desenvolvido.
Em terras
tupiniquins, a mulher ocupa 13% dos cargos de direção, 41% da População
Economicamente Ativa, 40% do mercado de trabalho, sendo que mais de 25% das
famílias brasileiras são sustentadas por mulheres. Ainda, temos aquelas que dão
reforço ao orçamento com trabalhos informais e aquelas que renunciaram a uma
carreira profissional para serem o suporte para os homens irem à luta.
Este é o
frágil sexo forte, que “todo mês sangra”!
(Rita Lee teve sua música censurada durante muitos anos por causa destas três
palavras inseridas na letra da música “Cor de Rosa Choque”).
É expressiva a
contribuição da mulher na família e no trabalho, com seu perfil conciliatório.
“...Por isso, não provoque a cor de rosa
choque.
Não, não, não provoque”... (Rita Lee)
Kátia Ricardi de Abreu, Psicóloga Clínica Analista Transacional, Consultora de Empresas e escritora.
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