Fiz o Curso de Psicologia na época da ditadura. Estas fotos mostram os rostos da minha turma na Avenida Francisco Glicério, em Campinas-SP, marchando e cantando e seguindo a canção de Geraldo Vandré. Foram muitas passeatas. Nós acreditávamos que a democracia faria do nosso país - o gigante adormecido, um país melhor.
Hoje, 34 anos depois, nossa turma ainda se reúne pelo menos uma vez por ano. Nosso próximo encontro será em Serra Negra, em outubro. As canções nos violões vão rolar. As músicas, já sabemos de cor. O brilho nos olhos de todos estes rostos continua, porque estamos trabalhando por um país melhor. Fizemos da Psicologia, não só uma profissão, mas um instrumento de transformação individual e social. Eu, particularmente, aluna aplicada da matéria "Estudo de Problemas Brasileiros", ministrada por um militar com um nome esquisito - Enjolras (não é sigla, é nome mesmo!), hoje passo longe dos assuntos políticos e me sinto enojada com o pouco que leio nos jornais sobre o que nossos representantes estão fazendo com aquele nosso querido gigante adormecido dos anos 80.
A Copa do mundo parava o país porque acreditávamos nesta grande oportunidade de mostrar ao mundo nossos talentos no futebol brasileiro. "Prá frente Brasil do meu coração, todos juntos, vamos, salve a seleção!", era o hino que saía de nosso lábios e nossos corações vibrantes de alegria. A Copa do mundo não parecia um instrumento de manipulação de massas, naquela época. Ou será que eu, tão imatura, não percebia o que percebo hoje? Acreditava nos benefícios da democracia, participava de passeatas e ainda torcia para o Brasil ganhar a Copa. Cada gol era comemorado com muitos gritos, pulos, e uma chuva de papéis jogados pela janela do vigésimo andar do Edifício Mirante, na Avenida Moraes Sales, onde eu morava. Quanta esperança!
Não sinto mais vontade de assistir os jogos da Copa. Só me resta apreciar as capivaras, tão ingênuas passeando por aqui, perto da minha casa, às margens deste Rio Preto. Feliz da vida, as capivaras e eu!
sexta-feira, 30 de maio de 2014
quinta-feira, 29 de maio de 2014
VALORES, GRATIDÃO, ABUNDÂNCIA
Não é raro surpreendermo-nos com os pensamentos voltados para a metade do copo que está vazia, e não para a metade do copo que está cheia. Ou seja, ficamos pensando em coisas que não temos e deixamos de considerar, lembrar e valorizar o que temos.
Agradeçamos ao Universo o que ele nos enviou: saúde, amigos, trabalho, moradia, talentos, enfim, tudo que possuímos de material ou não.
Em seguida, agradeçamos o que ele não nos enviou, poupando-nos de muitos transtornos e sofrimentos.
Vulneráveis às armadilhas do "ter", corremos o risco de aceitar os atalhos para recompensas ilusórias, saciando nossas necessidades emocionais de forma superficial e portanto, passageiras.
Quando fortalecemos nossa estrutura psíquica através do autoconhecimento, entramos em contato com nossas necessidades emocionais, aprendemos a suprí-las autêntica e verdadeiramente e como consequencia, recusamos todas as formas de gratificação ilusória. Passamos então, a enxergar a metade do copo que está cheia e a sensação de abundância acabará reinando em nossas vidas.
Tudo flui no Universo!
Agradeçamos ao Universo o que ele nos enviou: saúde, amigos, trabalho, moradia, talentos, enfim, tudo que possuímos de material ou não.
Em seguida, agradeçamos o que ele não nos enviou, poupando-nos de muitos transtornos e sofrimentos.
Vulneráveis às armadilhas do "ter", corremos o risco de aceitar os atalhos para recompensas ilusórias, saciando nossas necessidades emocionais de forma superficial e portanto, passageiras.
Quando fortalecemos nossa estrutura psíquica através do autoconhecimento, entramos em contato com nossas necessidades emocionais, aprendemos a suprí-las autêntica e verdadeiramente e como consequencia, recusamos todas as formas de gratificação ilusória. Passamos então, a enxergar a metade do copo que está cheia e a sensação de abundância acabará reinando em nossas vidas.
Tudo flui no Universo!
quarta-feira, 28 de maio de 2014
FACEIRICES DE OUTONO
FACEIRICES DE OUTONO
A temperatura cai e ela abre a gaveta procurando o agasalho que mais possa aquecer seu corpo. Porque sua alma anda muito bem agasalhada. Ah se não fosse ela mesma, nada estaria tão bem!
Sente-se confortável naquele corpo, agora quentinho. E então abre sua mente para as faceirices mais intrigantes. Paisagens geograficamente distantes a atraem, composições da natureza e criatividade que unem o simples com o aconchegante, fazem de seus poucos minutos livres, verdadeiro bálsamo que alimenta e sacia sua sede de viver.
Livros a aguardam a poucos metros de suas mãos enquanto sua mente ferve de ideias. Não, agora ela não pode parar. Dispara anotações no seu caderninho secreto, para não esquecer alguma delas. Sabe que sua memória pode falhar, detalhes podem ficar esquecidos.
Nada concreto, mas ela não desiste. Continua inspirada e inspirando-se para que, a qualquer momento, possa transformar seus sonhos em realidade.
Se ela pudesse caminhar, sair desta cadeira de rodas, conheceria todas estas paisagens mesmo que fosse à pé. Sem se lamentar, viaja pelo mundo, assiste tudo pela janela virtual e imagina sentir o cheiro daquelas flores, ouvir o barulho daquelas ruas.
Ah, se ela pudesse andar...
A temperatura cai e ela abre a gaveta procurando o agasalho que mais possa aquecer seu corpo. Porque sua alma anda muito bem agasalhada. Ah se não fosse ela mesma, nada estaria tão bem!
Sente-se confortável naquele corpo, agora quentinho. E então abre sua mente para as faceirices mais intrigantes. Paisagens geograficamente distantes a atraem, composições da natureza e criatividade que unem o simples com o aconchegante, fazem de seus poucos minutos livres, verdadeiro bálsamo que alimenta e sacia sua sede de viver.
Livros a aguardam a poucos metros de suas mãos enquanto sua mente ferve de ideias. Não, agora ela não pode parar. Dispara anotações no seu caderninho secreto, para não esquecer alguma delas. Sabe que sua memória pode falhar, detalhes podem ficar esquecidos.
Nada concreto, mas ela não desiste. Continua inspirada e inspirando-se para que, a qualquer momento, possa transformar seus sonhos em realidade.
Se ela pudesse caminhar, sair desta cadeira de rodas, conheceria todas estas paisagens mesmo que fosse à pé. Sem se lamentar, viaja pelo mundo, assiste tudo pela janela virtual e imagina sentir o cheiro daquelas flores, ouvir o barulho daquelas ruas.
Ah, se ela pudesse andar...
domingo, 23 de março de 2014
CERTINHA DEMAIS
publicado em 23 março 2014 Revista Bem-Estar, Diário da Região
Você conhece
alguma pessoa que é certinha? Irritantemente certinha? Sim, aquela pessoa que
está composta o tempo todo, nenhum fio de
cabelo fora do lugar, não sai da linha por nada nesse mundo. A roupa não amassa
jamais. Se for mulher, o batom não sai, o perfume não vence. Se for homem, a
barba parece que nunca cresce. O carro está sempre impecavelmente limpo, a casa
rigorosamente arrumada. Na academia, ela não transpira e se o fizer a toalhinha
perfumadíssima imediatamente entra em ação. O tom de voz é invariavelmente doce,
suave, manso e bem colocado. Tudo nela se traduz em “estou cem por cento no
controle”. As fotos no facebook? Só
alegria! Não aparecem rugas, imperfeições, mas os melhores ângulos. Não sai da
linha nunca, jamais, em tempo algum. Sua vida é poética. Aliás, é uma daquelas
histórias de contos de fadas. Aquelas com o final feliz, em qualquer hora do
dia.
A pessoa
certinha demais geralmente é adorada, admirada, querida, amada, venerada,
invejada. Mas ela é certinha demais. E por que demais? Porque o exagero acaba
atrapalhando os relacionamentos e o desconforto em não se mostrar como
realmente é. Isso não é bom? Tem um preço.
Pessoas
certinhas demais causam tanta, mas tanta admiração que provocam distância, às
vezes abismo, entre elas e os simples mortais, que revelam uma versão de si,
mais do tipo “a vida como ela é”. A certinha demais se esforça para passar uma
imagem impecável para sentir-se aceita, para não sofrer com qualquer possibilidade
de rejeição. Mas, o excesso da impecabilidade assusta e acaba mais distanciando
do que a aproximando das pessoas.
O empenho todo
em ser corretíssima garante-lhe um bocado de carícias positivas condicionais.
Um simples deslize, que seria aceitável para qualquer um, acaba se
transformando em algo que mancha a perfeita e correta imagem construída, devido
à alta expectativa criada em torno de sua conduta e apresentação. Os grandes
ídolos e celebridades consagradas sofrem com a construção desta imagem junto
aos seus fãs e junto àqueles que caçam obstinadamente os erros e inadequações
para mostrar que a imagem construída é de barro. Outras personalidades do mundo
artístico, mais orientados e sensatos, gostam de se apresentarem como realmente
são, sem se importarem com o impacto negativo causado e acabam transformando
este impacto em positivo.
Regina Duarte
certo dia tomava café ao meu lado, no aeroporto de Congonhas e muitos nem a
notaram tal a simplicidade da postura. Confesso que tive que confirmar com meu
olhar (discretamente, coloquei até os óculos!) para ter certeza de que era ela,
ali, sorvendo um expresso com pão de queijo, mastigando, engolindo como simples
mortal, numa produção confortável sem se preocupar com as possibilidades de
assédio.
Julia Roberts
é alvo de fotógrafos que adoram clicar seus looks casuais muito criticados pelo
excesso de improvisação. E daí? Por que pessoas famosas ou não têm que se
preocuparem com a impecabilidade vinte e quatro horas por dia, se elas não sofrem
deste mal de querer ser certinha demais?
Podemos
desfrutar do conforto de não estarmos rigorosamente corretos como se fosse um
pecado não corresponder às expectativas de perfeição construídas nas mentes que
necessitam deste referencial. Não estou falando apenas de aparência. Falo de
toda e qualquer gafe e escorregada que alguém possa dar, em algum momento em
algum lugar. E dane-se quem está de tocaia para jogar “agora te peguei!”.
Quanta energia e tempo desperdiçado para manter uma patologia. Viva a
espontaneidade! Vamos ser quem somos e pronto.
Kátia Ricardi de
Abreu
Psicóloga (CRP
06/15951-5) Clínica especialista em Análise Transacional, consultora de
empresas, palestrante, escritora.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
ANO NOVO, VIDA VELHA
O calendário novo está alcançável. Agendas novas também, já estão a postos. O ano novo está chegando.
Fogos de artifício começam a fazer BUM! dentro de mim comemorando tantas coisas boas acontecidas em 2013. Que pena, 2013 está indo embora! Ah se eu pudesse começaria tudo outra vez...Que ano bom!
Nada contra o novo, nem contra o ano novo . Quero sim, que venha 2014 naturalmente, com toda a graça que ele quiser chegar. Rebolando na minha frente com tantas oportunidades, seduzindo-me com todos aqueles doze meses para eu tocar acordes de felicidade.
Mas não quero vida nova. Quero minha vida velha. Sabe aquele travesseiro macio e velho? Aquele chinelo confortável e velho? Aquele vestidinho de ficar em casa? Quero minha vida velha. Custei tanto para deixá-la assim, tão do meu jeito. Pode ficar melhor? Pode. Mas nova, não quero não. Quero ano novo, vida velha.
Quero o conforto dos colos amigos (velhos amigos). Quero a ternura dos olhares queridos (velhos queridos). Quero as paisagens com as histórias que vivi (velhas paisagens). Quero ano novo, mas a minha vida tem que ser velha.
Sou de uma geração que ainda não se acostumou com tantas novidades, coisas descartáveis demais. Entendam que minha resistência é abandonar o velho pelo valor que ele tem e ainda, em aceitar o novo pelo simples fato de ser novo, sem nenhum critério de seleção.
Então, coisas velhas me fazem bem. Até os móveis velhos estão na moda. Outro dia li numa revista de decoração que os móveis antigos contam uma história. Estão na última moda, pode? Coloquei a minha escrivaninha velha no quarto do meu filho e disse a ele: esta foi a minha primeira escrivaninha, quando comecei a trabalhar há 30 anos. Olha quanta história!
Gosto de colocar uma blusa antiga misturada com um sapato novo. Ninguém percebe. Mas a blusa tem uma história.
E assim, a blusa, a escrivaninha, e toda a minha vida velha, têm um valor muito grande. Feliz ano novo! Que ele se junte a todos os outros anos velhos cheios de boas recordações!
Kátia Ricardi de Abreu
www.katiaricardi.com.br
www.facebook.com.br/katia.deabreu
domingo, 8 de dezembro de 2013
Ele está chegando...
Abro a agenda e o comentário logo desabrocha da mente e às vezes escapa pelos lábios: nossa, o Natal já está chegando!
Pois é, o ano rolou, o tempo escorregou. Rapidamente, faço aquela avaliação dos projetos, das metas e objetivos que estabeleci no início do ano. Costumo escrever para não me esquecer dos compromissos que fiz comigo. Comemoro os objetivos atingidos e faço novo planejamento para o ano que virá.
Mas o que me deixa muito feliz é sentir a magia do Natal dentro do meu coração. Vibro com os pequenos detalhes e deixo a nostalgia chegar. Relembro aquela imensa mesa na casa dos meus avós, com tios, primos, muitos parentes, amigos, vizinhos. Música tocando, cheiro de assados no ar. Meu avô distribuía martelos para quebrar as castanhas e ouvíamos aquele barulho das cascas quebrando na mesa de madeira. A árvore de Natal era feita de um galho de jabuticabeira com jato de spray prata, muitas bolas coloridas. Uma algazarra total na casa, crianças correndo, entra-e-sai de uma porta a outra. Natal era barulho, movimento, vida, alegria, encontros.
O relógio carrilhão da sala de jantar dava as badaladas da meia noite e todos faziam silêncio. Ao redor da mesa, todos em pé, alguns de olhos fechados, ouviam a oração que meus avós faziam. Eles agradeciam tudo que estava acontecendo ali e pediam para Jesus abrandar o sofrimento de todos que estavam doentes nos hospitais, das pessoas que estavam distante daqueles que amavam.
Nesta parte da oração minha garganta ficava com um nó e eu pensava que, quando crescesse, queria ajudar as pessoas que sofrem, aliviar seu sofrimento de alguma forma.
Sou muito grata aos meus avós por me ensinarem a simplicidade do Natal e por imbuírem a solidariedade e o espírito natalino nos nossos corações.
Nesta próxima semana, minha casa vai começar a ficar movimentada. Filhos chegando, com todos os sabores e odores dos tempos natalinos. Estou muito feliz por ver a evolução dos meus clientes, que passarão um Natal melhor do que o último, pelas mudanças internas realizadas, pelos progressos na convivência dentro da diversidade.
Acho que realizei aquele sonho de criança. E desejo a todos vocês que o Natal seja simples como o galho de jabuticabeira que se fez árvore de Natal e os martelos para quebrar castanhas da casa dos meus avós. O espírito natalino está dentro de nós!
Feliz Natal a todos vocês, queridos leitores e amigos!
Kátia Ricardi de Abreu
www.katiaricardi.com.br
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
MUDEI!
Antes eu adorava tomar sol e me estirava por horas para pegar uma cor. Agora, fujo do sol e trinta minutos são suficientes para uma dose de vitamina D que não me causem mais manchas na pele do que eu já tenho.
Sábado à tarde, shopping lotado, era meu dia de fazer compras e circular pelas lojas passeando. Agora, olho no estacionamento dos shoppings centers e só entro se estiver segura de que haverá local para estacionar, espaço para circular, mesa para me sentar e tomar um café. Cinema? Só quando está quase saindo de cartaz. E olhe lá! Fico esperando passar no Telecine para assistir em casa, no meu adorável sofá.
Salão de beleza para as poucas festas que costumo ir, também já fez parte da minha agenda. Agora, faço manicure no meio da semana e descobri que ajeito meu cabelo com minhas próprias mãos de acordo com meu estilo. Férias então... Só longe das temporadas. Quero praias, hotéis, estradas e aeroportos com o movimento apenas normal. Nada mais que isso.
Sempre fui muito vaidosa. Mas não uso nada que não seja confortável só porque é bonito ou se tornou uma tendência fashion. Quero sapatos, roupas, cintos, todos de acordo com a aprovação não só do espelho, mas do meu corpo. E a minha etiqueta predileta é aquela que cabe no meu orçamento.
Sempre fui muito vaidosa. Mas não uso nada que não seja confortável só porque é bonito ou se tornou uma tendência fashion. Quero sapatos, roupas, cintos, todos de acordo com a aprovação não só do espelho, mas do meu corpo. E a minha etiqueta predileta é aquela que cabe no meu orçamento.
O que houve comigo?
Evito aglomerações, barulhos, engarrafamentos de trânsito, excessos de tudo. Estou envelhecendo? Pode ser... Afinal, mais de meio século já se foram nesta estrada da vida. Mas quero acreditar que apenas mudei!
Fica mais aceitável na minha cabeça crer que algumas formas de estruturação de tempo não cabem mais na minha vida pelas escolhas que fiz. Não existe certo nem errado, não existe nunca nem sempre. Pode até ser que eu circule por estes lugares amanhã ou depois. Talvez, quem sabe...
O que descobri é que não faço mais nada sem consultar aquele lugarzinho dentro de mim que me deixa muito confortável em relação às minhas escolhas, sejam elas quais forem.
Isso inclui pessoas. E esta é a parte mais dolorosa. Poucos entendem o que é ser terapeuta e querer se poupar para estar inteira diante do cliente. Até para jogar conversa fora a gente tem que fazer escolhas que nos preserve, não nos tire a energia de forma vampirística.
Acabei ficando corajosa ao ponto de assumir quem eu quero e quem eu não quero para trocar as mais inocentes figurinhas. Longe de excluir interessantes e casuais conversas de salão, percebi que não estou interessada em nada que não me agrade mas sim em tudo que me faça sentir que o tempo destinado a isso ou aquilo, definitivamente valeu a pena.
Sim, mudei! Mudei tanto, que estou escrevendo no meu blog estas descobertas que até outro dia, eu as
guardaria apenas para mim.
Mas que bom, mudei! E hoje tenho o privilégio de compartilhar isso com vocês!
Kátia Ricardi de Abreu
www.katiaricardi.com.br
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